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<h2><strong>Sementes de Dragoeiro (Dracaena draco)</strong></h2>
<h2><span style="color: #ff0000;"><strong>Preço por pacote de 5 sementes.</strong></span></h2>
<p><i><b>Dracaena draco</b></i><span> </span>L., conhecida pelo nome comum de<span> </span><b>dragoeiro</b>, é uma espécie de<span> </span>plantas com flor<span> </span>da classe<span> </span>Liliopsida, ordem<span> </span>Asparagales, que o<span> </span>sistema APG IV<span> </span>coloca na subfamília<span> </span>Nolinoideae<span> </span>(ex-Dracaenaceae) da família das<span> </span>Asparagaceae. A espécie é originária da<span> </span>região biogeográfica<span> </span>atlântica da<span> </span>Macaronésia, onde é nativa dos arquipélagos das<span> </span>Canárias,<span> </span>Madeira<span> </span>e<span> </span>Açores, ocorrendo localmente na costa africana vizinha e em<span> </span>Cabo Verde.<sup id="cite_ref-1" class="reference"><span>[</span>1<span>]</span></sup><span> </span>Pode atingir centenas de anos de idade, produzindo<span> </span>plantas arborescentes<span> </span>de grandes dimensões. Apesar de comum e muito apreciado como<span> </span>planta ornamental<span> </span>nos jardins daqueles arquipélagos, o dragoeiro encontra-se vulnerável no estado selvagem devido à destruição do seu<span> </span>habitat. A sua abundância varia entre relativamente comum nas<span> </span>Canárias<span> </span>a raro na<span> </span>ilha da Madeira<span> </span>e na maioria das ilhas açorianas. É o símbolo vegetal da ilha de<span> </span>Tenerife.<sup id="cite_ref-2" class="reference"></sup></p>
<p>Planta arborescente que pode ultrapassar os 15 m de altura, de tronco robusto de material fibroso facilmente putrescível, de contorno irregular com até 5 m de diâmetro, com ramificação umbeliforme.<span> </span>Ritidoma<span> </span>de cor acinzentada, marcado por cicatrizes foliares e em geral fortemente fendilhado e com extensas porções secas e soltas.<sup id="cite_ref-3" class="reference"><span>[</span>3<span>]</span></sup><span> </span>Ramificação dicotómica após o surgimento da<span> </span>inflorescência<span> </span>terminal, produzindo uma copa ampla em forma de umbela de contorno circular.</p>
<p>Folhas<span> </span>coreáceas simples, verde acinzentadas, acastanhadas na base,<span> </span>ensiformes, de ápice agudo, dispostas em<span> </span>roseta<span> </span>terminal. O limbo das folhas mede 40-90 (110) x 2-4 (5) cm.</p>
<p>Inflorescência<span> </span>longa, com 60–120 cm de comprimento, glabra, bipinada, de<span> </span>flores<span> </span>numerosas em<span> </span>panícula<span> </span>terminal larga.</p>
<p>Flores odoríferas,<span> </span>hermafroditas<span> </span>e<span> </span>actinomórficas, com<span> </span>perianto<span> </span>com 7–10 mm, verde-esbranquiçado, composto por 6 peças unidas na base em tubo curto e campanulado. 6<span> </span>estames, não excedendo em comprimento o perianto.<span> </span>Ovário<span> </span>súpero.</p>
<p>O<span> </span>fruto<span> </span>é uma<span> </span>baga<span> </span>globosa, com 14–17 mm de diâmetro, geralmente monospérmico, inicialmente amarelo-esverdeado, tornando-se laranja brilhante quando maduro.<span> </span>Sementes<span> </span>com 7–10 mm, globosas, quase perfeitamente esféricas, muito duras, de um branco leitoso a nacarado.</p>
<p>A seiva forma uma<span> </span>resina<span> </span>translucente, de cor vermelho sangue quando oxidada, solúvel em<span> </span>etanol<span> </span>e em<span> </span>éteres, fusível a 76 °C. É constituída maioritariamente por éteres, mas contém uma grande diversidade de substâncias, entre as quais a<span> </span>dracenina.</p>
<h2><span id="Distribui.C3.A7.C3.A3o_e_etnobot.C3.A2nica"></span><span class="mw-headline" id="Distribuição_e_etnobotânica">Distribuição e etnobotânica</span></h2>
<p>O dragoeiro deve o seu nome à cor da sua<span> </span>seiva, que depois de oxidada por exposição ao ar forma uma substância pastosa de cor vermelho vivo que foi comercializada na<span> </span>Europa<span> </span>com o nome do<span> </span><i>sangue-de-dragão</i><span> </span>ou<span> </span><i>drago</i>. O<span> </span><i>sangue-de-dragão</i><span> </span>atingia elevados preços, sendo a sua origem conservada no mistério por muito tempo. Era utilizado em fármacos (sob o nome de<span> </span><i>sanguis draconis</i>) e em tinturaria, constituindo nos tempos iniciais de povoamento europeu da<span> </span>Macaronésia, em especial das Canárias, um importante produto de exportação.</p>
<p>Nas Canárias o dragoeiro era considerado uma árvore sagrada pelos povos<span> </span>guanche, servindo alguns exemplares de ponto de referência e assinalando locais de reunião e de significado religioso. É célebre o dragoeiro de<span> </span>Icod de los Vinos, árvore sagrada das populações guanche de<span> </span>Tenerife.</p>
<p>Nos Açores os dragoeiros habitam a baixa altitude, existindo alguns exemplares famosos; os existentes na zona da praia de<span> </span>Água de Alto<span> </span>foram classificados, por decreto do parlamento açoriano, como árvores protegidas. No Museu do Pico (pólo do Museu do Vinho,<span> </span>Madalena) existe um bosque de dragoeiros centenários. No entanto, algumas dúvidas permanecem sobre se estes exemplares serão descendentes de exemplares nativos ou se esta espécie foi introduzida pelo ser humano.<sup id="cite_ref-short_4-0" class="reference"><span>[</span>4<span>]</span></sup></p>
<p>No arquipélago da Madeira esta espécie, apesar de muito cultivada como ornamental em jardins, encontra-se extinta na natureza na ilha do<span> </span>Porto Santo. Na ilha da Madeira deixaram de existir dois exemplares considerados selvagens numa escarpa sobranceira à vila da<span> </span>Ribeira Brava. Um deles foi derrubado pelos fortes<span> </span>temporais<span> </span>que assolaram a ilha em fevereiro de 2010, tendo os seus troncos sido recolhidos pelo Jardim Botânico da Madeira para uma tentativa de propagação vegetativa. Um terceiro exemplar selvagem existente numa escarpa da<span> </span><i>Ponta do Garajau</i><span> </span>a Este do<span> </span>Funchal<span> </span>caiu ao mar no outono de 1982 durante uma tempestade.<sup id="cite_ref-short_4-1" class="reference"><span>[</span>4<span>]</span></sup><span> </span>Existe ainda alguma polémica sobre se o núcleo de dragoeiros das Neves - local na periferia da cidade do<span> </span>Funchal<span> </span>onde se situa a sede do<span> </span>Parque Natural da Madeira<span> </span>- será ou não selvagem, apesar da maioria das opiniões serem de que se trata um conjunto aí plantado por mão humana. A utilização desta planta no fabrico de<span> </span><i>sangue-de-dragão</i><span> </span>e especialmente a destruição e ocupação do seu habitat por motivos agrícolas e urbanos são os principais responsáveis por esta situação.</p>
<p>Existe um terceiro dragoeiro na Quinta do Jardim, em Oeiras.<sup id="cite_ref-5" class="reference"><span>[</span>5<span>]</span></sup><span> </span>Na<span> </span>Tapada das Necessidades, em<span> </span>Lisboa, existem 5 exemplares.<sup id="cite_ref-6" class="reference"><span>[</span>6<span>]</span></sup></p>
<p>Em<span> </span>Cabo Verde, o dragoeiro existe quase exclusivamente na<span> </span>ilha de São Nicolau, sendo uma árvore característica da ilha, e na<span> </span>ilha Brava. Existem também alguns exemplares na costa sul de<span> </span>Marrocos, em locais pouco acessíveis e de maior humidade.</p>
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